Sê como uma sapatilha.
Confia.
Da caixa escura onde ela está agora, ela tem a certeza que sairá.
Quando, como e porquê, não são do domínio dela.
Assim que a caixa se abre, deixa-se “des envolver” e logo de seguida permite envolver-se pela luz, pelo brilho, pelo reconhecimento e pelo sucesso.
“Qual a mais grandiosa possibilidade para mim hoje?”
Quem dá o melhor, tem sempre o melhor!
O seu conforto é gentil, o material é acolhedor, o atacador pode ser atado de 1000 maneiras e tem um upper que enfeitiça.
As outras sapatilhas dizem que é sorte, mas na primeira vez que alguém a experimentou, a palmilha derreteu a cada passo e fundiu-se com os pés que a calçavam.
Nunca foi sorte.
Por vezes, voltava para a caixa… a ausência de luz, a não clareza…
Nunca foi sorte.
Nas oportunidades seguintes, os seus atacadores serpenteavam apenas pelo dorso dos pés de alguém, mas faziam a pessoa sentir-se segura por inteiro.
Nunca foi sorte.
Mesmo depois de comprada nunca dava a missão por terminada, pois sabia que a aventura acabara de começar.
Escolheu não se esconder, seguiu o rasto da alegria e todo o spray que lhe foi atirado para os olhos, usou para repelir a inconstância assinando assim, contrato com a disciplina.
Nunca foi sorte.
Aprendeu que ontem ninguém a podia calçar e amanhã, jamais… as oportunidades têm residência permanente no hoje.
A máquina de lavar veio sem aviso, não estava nos planos…mas ela já aprendeu que não tem o controlo de nada e apenas pode mudar a si mesma.
Nunca foi sorte.
Confiança.
Amor.
Dedicação.
Disciplina.
Resiliência.
Não é uma fórmula, mas pode dar certo.